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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

As nossas negações



Somos condicionados à nascença. 

Assim que nascemos começamos a receber uma programação que nos formata e condiciona ao longo da nossa vida. Programação que se traduz num enorme peso na nossa evolução. 

Somos condicionados à nascença!

É típico dizer que os meninos quando nascem vestem de azul, e as meninas de rosa. Normal, por vezes até os quartos são decorados com essas tonalidades consoante o sexo da criança.

Sou do tempo em que era comum dizer que as meninas não sobem às árvores e os meninos não choram.
Porque razão as meninas não podiam subir às árvores, e os meninos chorar?
Os meninos não podem mostrar os seus sentimentos ao ponto de serem impedidos de chorar?
Têm que esconder o que estão a sentir? É uma condicionante muito forte que os meninos sofrem desde que nascem.

Para além destas há outras condicionantes que no decorrer da nossa educação somos sujeitos. Claro que muitas vezes são para nossa própria proteção:
-
Não estejas aos saltos em cima do sofá, ou
-
Não te debruces na janela, não faças isso que te magoas.
O "não", desde que nascemos é uma constante na nossa evolução.
Com uma programação baseada na negação, não podemos estranhar que o "não", tenha muito poder na nossa vida chegando mesmo a ter a capacidade de a transformar e condicionar. 

Não é de estranhar a facilidade que temos em utilizar o "não", quer como primeira resposta e ao iniciar as frases:
-
Não foste sair?
A pergunta poderia ter sido feita de outra maneira:
- Ficaste em casa, ou vais sair mais tarde?

Por exemplo é comum respondermos:
- "Agora
não posso, não tenho tempo".
Outras vezes, é mais fácil responder que:
- "
Não consigo fazer...", do que tentar, desconhecendo por completo as capacidades. Até podíamos responder - já te vou ajudara a fazer isso.
O "não", está fortemente presente nas nossas vidas.
Aprendi profissionalmente a nunca responder a quente, deixar sempre passar um tempo, para que as "ideias" assentem. A quente, impensadamente, podemos dizer o que não desejamos.
Conjuntamente com este ensinamento, vamos-nos esforçar para evitar a utilização do "não" tão frequentemente.
Será que não temos mesmo tempo? Ou só estamos mal organizados?
Será que não conseguimos ou estamos com algum receio de errar?
Lembra-te que por trás das grandes descobertas existiram muitos erros. A descoberta foi a primeira vez que não se falhou.
O errar, o falhar é mais uma lição para o sucesso.



João Matos

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